sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Ministro Vannuchi presta homenagem a Stuart Angel, militante morto pela ditadura militar

Rio de Janeiro – O país registrou importantes avanços na área dos direitos humanos durante os oito anos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A avaliação é do ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Ele participou dia 09/dez de uma homenagem ao militante Stuart Angel Jones, morto em 1971 pela ditadura militar.

“O presidente Lula elevou a categoria de ministério a área de Direitos Humanos e pouquíssimos países têm este status. Os recursos, ao longo da minha gestão, triplicaram e a estrutura humana mais que dobrou. Das 70 conferências nacionais realizadas, 12 são relacionadas aos direitos humanos. O saldo é extraordinário”, afirmou Vannuchi.

O ministro também ressaltou a implementação das ações de resgate histórico das lutas políticas e de reparações individuais às vítimas da ditadura militar. “Lançamos o livro-relatório Direito à memória e à verdade e criamos o projeto Memórias reveladas. No PNDH 3 [Programa Nacional de Direitos Humanos 3], a principal proposta, de criação da Comissão Nacional da Verdade, já foi concretizada em projeto de lei entregue ao Legislativo”, detalhou Vannuchi.

O ministro considerou normais eventuais críticas de organizações de direitos humanos, cobrando mais resultados. “Um governo democrático tem que ter serenidade para ouvir tudo o que a sociedade civil tem a dizer. Em direitos humanos, temos avanços notáveis nossos e avanços anteriores, do governo Fernando Henrique Cardoso. Mas tudo o que se avançou ainda é muito pouco perto do que é preciso avançar.”.

Ex-militante de organizações de esquerda durante a ditadura militar, o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Franklin Martins, também participou da homenagem a Stuart Angel. Em discurso de improviso e muito emocionado, Franklin lembrou a trajetória dos militantes que lutaram abertamente contra o regime militar, inclusive através de ações armadas.

“Estamos celebrando aqui a memória de todos aqueles que lutaram e caíram. Fizemos parte de uma juventude que errou. Os que não lutaram nos cobram os erros, os que lutaram pela metade nos cobram os erros, os que esperaram a ditadura acabar nos cobram os erros. Mas essa juventude maravilhosa não errou em duas coisas: não apoiou a ditadura e não ficou esperando o carnaval chegar para dizer que tinha lutado contra a ditadura”, afirmou Franklin.

(*)Publicado no Jornal da Mídia

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