quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Reunião do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas



No dia 23 de outubro, a Comissão Regional de Direitos Humanos da 6ª SRPRF/SP, representada pelos PRFs Otávio e Gondim, esteve no prédio do Ministério Público do Trabalho da 2ª Região, para participar da reunião do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo, juntamente com as autoridades dos poderes públicos e ONGs, ao qual a PRF de São Paulo tem a sua representatividade.

À Comissão fora dada a oportunidade para que divulgasse os trabalhos desenvolvidos no Seminário de Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes que ocorreu recentemente no município de Guarulhos entre os dias 19 a 21, e sinteticamente relatamos todas as atividades desenvolvidas e o sucesso extraordinário do evento, que sobretudo, foi um marco para um novo paradigma na Segurança Pública.

Enfim, no período da tarde fizemos uma visita juntamente com o Dr. Francisco Lúcio França membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP e do CONDEPE, na Associação dos Oficiais da Reserva da Polícia Militar no Estado de São Paulo, aonde fomos bem recebidos pelo egrégio anfitrião o Prof. Dr. Francisco Jesus Paz,que brilhantemente nos recebeu com carinho e respeito e testemunhou juntamente aos seus pares,o esplêndido trabalho realizado pela PRF, SINPRF/SP e FENAPRF no Seminário ao qual ele participou com chave de ouro.

domingo, 25 de outubro de 2009

Conferência Internacional sobre o Direito à Verdade - USP

Auditório Prof. Francisco Romeu Landi (Poli-USP)


Por ocasião do vigésimo aniversário do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, NEV/SP, este evento tem como propósito refletir sobre as últimas décadas, desde a entrada em vigor da Lei de Anistia, em 1979. Passados quase 30 anos de retorno à democracia, os familiares de mortos e desaparecidos políticos e a sociedade brasileira ainda desconhecem a história completa de violações de direitos humanos cometidas por agentes do Estado e de outros episódios violentos do período. Entretanto, entre as obrigações de um Estado democrático está o dever de revelar não apenas às vítimas e seus familiares, mas também a toda a sociedade. Nesse sentido, a Conferência Internacional sobre o Direito à Verdade pretende examinar e discutir experiências desenvolvidas em diversos países, visando à reconstituição da verdade, com a colaboração da universidade, organizações governamentais e da sociedade civil.

A Conferência se concretizou entre os dias 19 e 20 de outubro no Auditório Prof. Francisco Romeu Landi (Poli-USP), iniciando com um cerimonial de abertura com a presença de Paulo Vannuchi, Ministro de Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Luiz Antonio Guimarães Marrey, Secretário da Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, José Gregori, ex Ministro da Justiça e atual Secretário Especial de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, Sergio Adorno, Coordenador Científico do Núcleo de Estudos da Violência da USP, Paulo Sérgio Pinheiro, NEV/USP, e demais autoridades públicas do município.

Após o cerimonial o prof. Sergio Adorno, NEV/USP explanou sobre os vinte anos do Núcleo de Estudos da Violência da USP; e Priscilla B. Hayner, International Center for Transitional Justice (ICTJ): abordou sobre as Comissões de Verdade, a Experiência Mundial.

E no decorrer da Conferência foram tratados através dos painés as temáticas sobre as Comissões de Verdade, lembrando que, tivemos a presença do filho do Presidente João Goulart (Jango) o Sr. João Vicente Goulart do Instituto João Goulart que subiu ao púlpito e num discurso acalorado relembrou a história de seu pai e a respeito de sua morte que até agora não houve solução, enfatizando a importância da criação de uma Comissão de Verdade no Brasil, para trazer à luz toda a verdade da morte de Jango.

Afinal, posso concluir que foi um marco histórico esta Conferência para o Brasil com a presença de grande personalidades que fizeram parte da história e do período de transição do regime militar para a democratização do país, que exporam suas idéias, opiniões, a respeito de uma Comissão de Verdade, para a garantia da continuidade da Democracia no Brasil.
CARTA SOBRE O DIREITO À VERDADE
A Conferência Internacional sobre o Direito à Verdade, realizada na Universidade de São Paulo, nos dia 19 e 20 de outubro de 2009, no Auditório Prof. Francisco Romeu Landi (Poli-USP), em São Paulo - Capital, sob o patrocínio do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INEU), destaca, como marco deste evento, o compromisso com a democracia, com a liberdade, com a justiça. Reafirma, ainda, a necessidade de o Estado brasileiro promover o amplo e efetivo acesso aos direitos à verdade, à memória histórica e à justiça, por meio de ações que apurem e esclareçam publicamente as graves violações de direitos humanos ocorridas durante a ditadura militar (1964-1985).
A promoção e a observância dos direitos humanos e das liberdades fundamentais estão dentre as obrigações impostas aos Estados por distintos documentos internacionais, dentre eles, a Carta das Nações Unidas e o Pacto de San José da Costa Rica. No âmbito interno, a Constituição, pautada na dignidade da pessoa humana, estabelece, para o Estado Democrático brasileiro, o compromisso com a promoção, o respeito e a garantia dos direitos fundamentais. Portanto, o Estado brasileiro tem o dever de adotar todas as medidas para efetivar os direitos à verdade, à memória e à justiça.
A Conferência reconhece que há um esforço do Estado brasileiro, desde a década dos 1990, em relação à busca de efetividade do direito à verdade e à memória, com ações voltadas para produção de informações e reunião de dados sobre fatos da história política recente do País, como: a abertura de vários arquivos do período: a atuação da Comissão Especial de Mortos Desaparecidos (Lei 9.140, de 4 de dezembro de 1995), que tem um acervo importante sobre vítimas; o trabalho da Comissão de Anistia, no âmbito do Ministério da Justiça (criada pela Lei 10.559, de 13 de novembro de 2002), que também reúne relevante material; a publicação do livro Direito à Memória e à Verdade, lançado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República em 2007; e, mais recentemente, em 2009, a criação do Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil, denominado Memórias Reveladas, institucionalizado pela Casa Civil da Presidência da República e implantado no Arquivo Nacional.
No entanto, apesar do imenso valor destas iniciativas oficiais, ainda não se alcançou a abrangência necessária para a revelação da verdade acerca das graves violações de direitos humanos ocorridas durante a ditadura, especialmente acerca de práticas nefastas, como a tortura e o desaparecimento de pessoas.
Por isso, a Conferência Internacional sobre o Direito à Verdade, levando em conta a necessidade de se adotar medidas ainda mais apropriadas para a revelação e esclarecimento da verdade, conclui que o Estado brasileiro:
1. deve discutir e aprofundar o diálogo com a sociedade civil e com os órgãos de proteção dos direitos humanos, nacionais e internacionais, acerca da possibilidade de implementação de uma Comissão de Verdade no país, bem como sobre sua metodologia de funcionamento e suas competências;
2. deve dar continuidade à política, em curso, de promoção, preservação e valorização da memória histórica do país em relação ao período da ditadura. Para tanto, é desejável que, numa perspectiva de narrativa histórica, seja ampliado o campo de pesquisas e estudos voltados à recuperação da história do período de vigência do regime militar (1964-1985) mediante programas de fomento e formação de novos pesquisadores; que sejam acolhidas as narrativas das vítimas e familiares dos atingidos pela repressão política, bem como as de cidadãos que tenham algo a revelar; que se proceda à análise dos processos de violência e seus efeitos na esfera de responsabilidade dos infratores pelas graves violações aos Direitos Humanos e pela prática de crimes de lesa-humanidade; que se conduza à identificação das estruturas de repressão clandestina e ilegal, suas ramificações nos diversos aparelhos de Estado e em outras instâncias da sociedade; e que seja garantido o acesso, de forma ampla, aos arquivos relativos ao regime militar (1964-1985).
São Paulo, 20 de outubro de 2009.
Fonte: NEV/USP

sábado, 24 de outubro de 2009

Seminário sobre Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

Dr. Ariel e o Prof. Francisco Jesus Paz do NEPSUC/PUC-SP
Fabricio (CNDH/DPRF) , ator Heitor Martins, Marcelo Gondim e Marquinhos SINPRF/SP
Promotor de Justiça Dr. Yuri Giuseppe Castiglione

Dra. Eva Dengler Instituto WCF Childhood no Brasil



Dr. Ariel de Castro Alves do CONANDA

Esse é um projeto social e Educacionista da FENAPRF (Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais), denominado "Brasil 100 Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes". Foram realizado cinco seminarios com essa temáticas nas cidades de Aracaju, Salvador, Joao Pessoa, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Ainda este acontecerá nas cidades de Vitória e Goiânia. Se você sabe de algum caso de exploração sexual infantil, denuncie. Antes que um futuro de uma criança possa terminar em um desastre. Disque 191, Disque 100.Apoio: DPRF (Departamento de Policia Rodoviária Federal), Ministério do Turismo, OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Nos dias 19 a 21 de outubro foi realizado o Seminário de Sensibilização dos Policiais Rodoviários Federais. O evento aconteceu no Hotel Panamby no município de Guarulhos em SP.O objetivo do encontro foi capacitar os policiais rodoviários federais para o enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes. O evento já passou por Aracaju, Salvador e João Pessoa, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo e pretende atingir 15 mil policiais em todo o país.

Além dos policiais rodoviários federais, o seminário irá reunir também representantes da rede de proteção dos direitos da criança e do adolescente, de organizações não-governamentais e da sociedade civil, polícia civil, polícia militar rodoviária. A iniciativa pretendeu aperfeiçoar as ações da PRF que já vêm sendo desenvolvidas no âmbito do combate à exploração sexual infanto-juvenil por meio da conscientização dos policiais.

Durante os três dias do evento foram realizados painéis, apresentação do filme ‘Anjos do Sol’ e debates. Os presentes terão acesso a um painel sobre conceituação, histórico e pesquisas na área e um painel sobre legislação, doutrina e o atual entendimento dos tribunais e à exposição das ações de enfrentamento realizadas por instituições ligadas à rede de enfrentamento à exploração sexual infanto-juvenil. Os convidados visitarão ainda postos da PRF a fim de demonstrar aos participantes, de forma prática, as ações preventivas.

O seminário é promovido pela Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FENAPRF), Ministério do Turismo com apoio do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais em São Paulo, Departamento de Polícia Rodoviária Federal e Organização Internacional do
Trabalho.

Este seminário teve como objetivo a sensibilização do policial rodoviário federal na temática do enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias e estradas federais, esta foi a 6ª edicão do evento, que já percorreu vários estados, com a presença de vários palestrantes renomados, sendo que no dia 19 tivemos a abertura oficial do evento com a partipação de várias autoridades com a realização de um coquetel.

No dia 20 deu-se início aos trabalhos com o 1º painel ao qual fui o moderador e tendo como palestrante o psiquiatra Dr. PhD Danilo Antonio Baltieri um expertise sobre a pesquisa da pedofilia que enfatizou em sua explanação que "pedofia não é crime, mas, uma doença, crime é o atendado violento ao pudor, estupro, segundo o código penal."

Bem, o segundo painel recebemos a ilustre presença do promotor de justiça da vara da infância e juventudo da comarca de Francisco Morato SP, o Dr. Yuri Giuseppe Castiglione e o palestrante Dr. Ariel de Castro Alves,conselheiro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente da pasta da Secretaria Especial dos Direitos Humanos em Brasília e diretor-presidente da Fundação Criança do município de São Bernardo do Campo SP, que abordaram
sobre a legislação, doutrina e atual entendimento dos tribunais, após, recebemos a presença da palestrante Dra. Eva Cristina Dengler do Instituto WCF Childhood no Brasil do Programa Na Mão Certa expondo a temática do trabalho realizado em parceria com a PRF em todo o Brasil nas rodovias federais com trabalhos de campanhas educativas e de sensibilização dos caminhoneiros sobre a questão da exploração sexual.

No dia 21 na parte da manhã foi realizado dois comandos educativos com os participantes, sendo um na rodovia Presidente Dutra no posto PRF de Bom Sucesso, e outro no posto da PRF na rodovia Fernão Dias que liga SP ao estado de Minas Gerais, com entrega do material alusivo à campanha aos usuários das rodovias, à tarde ocorreu o painel com a palestrante a psicólogaMaurine Lucienne Pontes, do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do município de Guarulhos SP que enfatizou a questão da forma adequada ao atendimento à vítima de exploração sexual, depois tivemos a abordagem do Presidente da Comissão Regional de Direitos Humanos da PRF de SP o Inspetor Waldiwilson dos Santos falando sobre a rede de enfrentameto ao combate à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais,e o mapeamento dos pontos vulneráveis à prática deste crime,que teve início em 2004 e já está na 4ª edição que será publicado em 2010, com o apoio da Organização Internacional do Trabalho e o Instituto WCF no Brasil, depois a Dra. Dalka Chaves de Almeida Ferrari do Centro de Referência às Vítimas da Violência do Instituto Sedes Sapientiae abordou a temática sobre a violência sexual em crianças e adolescentes.

No final tivemos a composição da mesa redonda, tendo como mediador Luiz Antonio Pereira da Silva presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado de São Paulo, com a participação do Promotor de Justiça Dr. Yuri, o presidente da Comissão Regional de Direitos Humanos da PRF em SP Inspetor Waldwilson, Dr. Lúcio França diretor do Grupo Tortura Nunca Mais, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB SP e conselheiro do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa da Pessoa Humana (CONDEPE), Dra. Dalka Chaves de Almeida Ferrari Coordenadora do Centro de Referências às Vítimas da Violência (CNRVV) do Instituto Sedes Sapientiae, e a psicóloga Maurine do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente de Guarulhos SP, e fechando com chave de ouro o Prof. Dr. Francisco Jesus Paz do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Segurança Pública da PUC SP.