domingo, 9 de janeiro de 2011

Pedem à ONU intervir no caso da defensora de direitos humanos Bety Cariño

Adital -
A quase oito meses do assassinato da ativista oaxaquenha Bety Cariño e do defensor de direitos humanos finlandês Jyri Jaakkola, organizações da sociedade civil (OSC) e familiares exigiram ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos que pressione o Estado mexicano para que faça justiça no caso.

Em um ato em frente ao escritório do organismo internacional no México, David Peña Rodríguez, integrante da Associação Nacional de Advogados Democráticos (ANAD), disse à Cimacnotícias que esta atividade faz parte de uma jornada de mobilização simbólica, na qual foi entregue uma carta ao representante do Alto Comissariado, Javier Hernández Valencia, para lembrá-lo que o caso continua impune.
"A solicitação que fazemos hoje, 10 de dezembro, Dia Mundial dos Direitos Humanos, vai acompanhada de mais de 800 assinaturas de organizações e ativistas de diversos países", disse Peña.
No documento entregue ao Alto Comissariado, as OSC solicitam que no cumprimento de seu mandato e como parte do compromisso internacional, que diversas instâncias da ONU mostraram no caso, solicitem e conduzam reuniões com a PGR e a Secretaria do Interior.
Os grupos civis pediram que se dê seguimento ao desenvolvimento e desenlace das investigações, assim como que se acompanhem os processos penais que puderem se deriva das pesquisas até chegar "um exemplar castigo aos responsáveis".

Em companhia de mulheres do município autônomo de San Juan Copala e ativistas de Puebla, Oaxaca, Querétaro e o Distrito Federal, Peña Rodríguez informou que também se dirigiriam para as oficinas da PGR para exigir justiça.
Neste sentido, Omar Esparza, que foi companheiro em vida de Bety Cariño, explicou que a PGR não consignou de maneira adequada a averiguação prévia, pelo que os assassinos não receberam o castigo e pelo contrário, contaram com a impunidade que lhes permitiu cometer mais crimes.

"A quase oito meses dos assassinatos não houve resposta, a PGR somente nos deu tempo quando sabe muito deu quem são os responsáveis, não temos confiança no governo federal porque não soube resolver o assassinato de Bety e Jyri", reiterou.

Ele considerou que a possibilidade de que os crimes perpetrados no último dia 27 de abril fiquem na impunidade, contribui para que aumente a violência em San Juan Copala. Ele assegurou que de não haver justiça neste caso, não a haverá para as e os habitantes do município.
"Esta jornada, convocada pelo Fórum Mesoamericano dos Povos, se está realizando em vários países da região, para exigir ao governo mexicano castigo para os autores materiais e intelectuais da morte de Bety e Jyri", sublinhou.

Omar Esparza assinalou que sua família ainda não se recuperou do golpe e que são seus filhos quem mais o sentiram. Ele denunciou que ele e sua família são "assediados e intimidados".

A notícia é de Cimac, por Gladis Torres Ruiz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário